terça-feira, 29 de março de 2011

A Idade do Homem

 Parábola Popular (Contada pela minha Avó)
Certo dia, Deus, vendo o mundo vazio, resolveu criar alguns dos animais.
Criou um animal e disse:
— Trabalharás incansavelmente, de sol a sol, carregando fardos nos lombos. Comerás capim, não terás inteligência alguma e viverás 60 anos. E te chamarás BURRO.
O Burro, ouvindo tudo isso disse:
— Senhor, eu serei o Burro, mas viver 60 anos é muito! Dê-me apenas 30.
E assim o Senhor fez. Logo em seguida, criou outro animal dizendo:
— Vigiarás a casa dos homens, será seu melhor amigo. Comerás os ossos que ele te jogar e viverás 20 anos e te chamarás CACHORRO.
O Cachorro ouvindo isso pediu:
— Senhor, comerei ossos e vigiarei a casa dos homens, mas 20 anos é muito! Dê-me apenas 10.
E Deus atendeu o pedido do Cachorro. Logo depois, Deus fez mais um animal e disse:
— Pularás de galho em galho, fazendo macaquices, serás divertido e viverás 20 anos. Seu nome será MACACO.
Então o Macaco pediu:
— Senhor, farei macaquices engraçadas, mas viver 20 anos é muito! Dê-me apenas 10.
Mais uma vez Deus atendeu ao pedido. Por fim, Deus criou o HOMEM, dizendo:
— Serás o único ser racional sobre a face da Terra, usarás tua inteligência para te sobrepores aos demais animais e à Natureza. Dominarás o mundo e serás teu próprio inimigo. Viverás 30 anos.
Foi a vez do Homem pedir:
— Senhor, serei inteligente, dominarei o mundo! Trinta anos é muito pouco! Dê-me os 30 anos que o BURRO rejeitou, os 10 anos que o CACHORRO não quis e os 10 anos que o MACACO dispensou.
E assim Deus disse:
— Está bem... Até os 30 anos viverá a vida que EU te dei, conquistarás êxito e viverás a vida do HOMEM. A partir daí, terás família e passarás a viver os 30 anos que o BURRO não quis, trabalharás para ganhar o sustento, carregando os fardos da vida. A partir dos 60 anos viverás os 10 anos que o CACHORRO não quis, roendo os ossos que a vida te der, vigiando a casa de tua família. Depois dos 70 anos viverás a vida que o MACACO não quis, pulando de casa em casa, de um filho para o outro e fazendo macaquices para alegrar os netos. E assim será a vida do HOMEM.
 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Vivendo...

"Segui o caminho errado
Uma ou duas vezes
Cavei até conseguir sair
Sangue e fogo
Decisões ruins
Tudo bem
Bem vindo à minha vida boba

Mal tratada, deslocada, mal compreendida
Sabichona, tá tudo bem
Mas isso não me parou
Errada, sempre em dúvida
Diminuída, e eu ainda estou por aqui"
FUKING PERFECT - PINK
Talvez um dia eu descubra o porquê das coisas acontecerem, por enquanto eu vou apenas vivendo. Catando daquí e dalí alguma coisa para formar a minha vida.
Hoje ouvi uma frase na Novela "Morde e Assopra" da Globo, onde o personagem Ícaro disse:
 
" Somos formados de lembranças. A vida é consequencia das escolhas que fazemos ao
longo dos anos e essa vida não passa de um amontoados de lembranças."

Pura verdade. Não é?

sábado, 26 de março de 2011

Incertezas

Hoje acordei com os versos de uma música do Legião Urbana na cabeça:

"Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...

Nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos

Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
Sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos..."
Teatro dos Vampiros - Legião Urbana

Assim, depois desses versos inspirados, resolvi que vou contar histórias verossímeis... Histórias que talvez sejam minhas, ou talvez sejam suas... Ou melhor ainda, talvez não sejam de ninguém e sejam de todo mundo.

"Em um lugar muito distante e muito pequeno existia um alguém.
Um alguém que tinha medo até da própria sombra.
Um alguém que de tudo sabia fazer, mas que nada fazia por gostar.
Nada lhe despertava o interesse, era como se ele não existisse nem para si mesmo.
Essa pessoa não sabia o porquê de ser assim ou o porquê de ser diferente dos outros. Ele apenas era, como uma borboleta dentro de um casulo... Nem era exatamente uma borboleta, mas também não era uma lagarta.
O pior é que os anos iam se passando e nada acontecia na vida dessa pessoa. Os dias passavam rápido, mas as coisas sempre iam tão devagar. Esse alguém não casou, não teve filhos e nunca viveu algo que gostaria.
Esse alguém ainda está perdido por aí... procurando por algo que nem ele mesmo sabe o que é, esperando por algo que leve o medo da morte embora e que o faça querer viver uma vida de verdade, a vida que ele quis, mas que não sabe onde é, como é ou como chegar lá..."

sexta-feira, 25 de março de 2011

Algumas Palavras...


Oi. Acho que nesta primeira postagem uma apresentação seja viável.
Nesse caso, meu nome é Janaiana. E essa é a única certeza que tenho da vida. Segundo minha certidão tenho 24 anos, ainda não tenho problemas para dizer a minha idade.

Minha vida é cheia de confusão, talvez seja igual a de milhões de brasileiros, talvez seja única, mas não parece minha vida, é como se eu vivesse a vida de outra pessoa, porque com certeza essa não é a minha. Até parece que tenho múltiplas personalidades e que nenhuma delas sou eu realmente.
Eu nunca tive muitas certezas na vida e isso acontece desde a primeira lembrança que tenho.
Todos os pais que tive não eram os meus (e o meu eu não conheci), todos os namorados também não eram para ser meus, acontece que eu acabei sobrando... sabe como é (se só tem tu, vai tu mesmo). Nunca tive muitos amigos e os poucos que tive estão muito longe de mim agora. meus empregos também não foram muito uma opção (talvez a falta dela).
Assumo responsabilidades que não são minhas, banco a mãe da minha mãe, às vezes também. Namoro o mesmo cara a oito anos e nem sei se um dia vou casar com ele ou se realmente QUERO me casar.
Atualmente, sou servidora pública e até gosto do que faço, mas não da maioria das pessoas que trabalham comigo. Também sei costurar, aprendi desde pequena (aquela velha história de filho de peixe: minha mãe é costureira) e faço trabalhos manuais (crochê, ponto cruz, vagonite, pintura...), mas, embora goste de tudo isso, não é o que quero pra minha vida... Ou é?
Na verdade, eu não sei o que quero da vida. Não sei o que fazer com ela. É embaraçoso, mas é verdade.
Quando criança, eu sonhava em ser escritora, agora que estou escrevendo, sonho em saber o que eu seria se não estivesse aqui.
 Será que estou ficando louca? Será que o mundo é louco? E o que é ser louco?
Preciso de uma luz, mas a única que vejo no fim do túnel é a luz do trem.